domingo, 1 de junho de 2014

Resenha: A Culpa é das Estrelas, de John Green


Regular

Editora: Intrínseca
Páginas: 288
Tradutor(a): Renata Pettengill



Sinopse: A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas. 


Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.

***
Eu não sei onde estava com a cabeça quando resolvi ler esse livro. Romance é um gênero que, atualmente, eu detesto. Mas é que eu fui convencido a lê-lo porque, segundo outas pessoas, a história não era melosa e nem clichê. Às vezes me pergunto em que planeta essa história não é clichê.

Acabei tendo sérios problemas com "A Culpa é das Estrelas", como tenho tido ultimamente com todos os bestselles do gênero. A única coisa que diferencia essa obra das outras é o fato de que os personagens têm câncer. Achei que isso foi só uma desculpa pra justificar o romance pra lá de clichê do tão amado John Green, pra fingir que é algo inovador, quando na verdade não é. No livro, temos a garota Hazel Grace, com câncer terminal, que conhece Augustus Waters, vulgo Gus, um cara que já teve câncer. Os dois se apaixonam, e vivem um grande amor e blá, blá, blá, e daí você tem aquela impressão estranha de que já viu isso em algum lugar antes.

Fora esses problemas com relação aos clichês, ainda tem a escrita do John Green, que eu achei muito apressada e seca. E os diálogos, então? Os personagens falam de um jeito tão estranho e impossível. Senti um pouco de falta de distinção entre eles nesse quesito. A Hazel fala igual ao Gus, que fala igual ao Isaac... uma grande falha do autor. Bons escritores fazem com que seus personagens sejam bem definidos, e não vi isso em ACEDE.

Claro que o livro também não é só baboseira. Ele é bem rápido de ler, e tem umas frases bem legais e algumas filosofias de vida interessantes. Além do mais, a edição da Intrínseca ficou ótima. As folhas são amareladas e macias, e não me lembro de nenhum erro palpável de tradução ou de gramática. Contudo, eu não gostei muito da diagramação. Infelizmente, não consigo ver mais algum ponto positivo, fora esses que eu citei. 

Resumindo, "A Culpa é das Estrelas" é comum e clichê. É uma história que deixa a desejar muito, e que me fez ficar esperando a coisa ficar legal até a última página. Não entendo o porquê de fazerem tanto auê por esse livro. No fim das contas, ele é só mais um YA no grande e repetitivo mercado de YAs.

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