domingo, 8 de junho de 2014

Crítica: A Culpa é das Estrelas


Bom
Diretor(a): Josh Boone
Duração: 125 min.
Elenco principal: Shailene Woodley, Ansel Elgort, Willem Dafoe, Nat Wolff
Classificação: +12


Sinopse: Diagnosticada com câncer, a adolescente Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley) se mantém viva graças a uma droga experimental. Após passar anos lutando com a doença, ela é forçada pelos pais a participar de um grupo de apoio cristão. Lá, conhece Augustus Waters (Ansel Elgort), um rapaz que também sofre com câncer. Os dois possuem visões muito diferentes de suas doenças: Hazel preocupa-se apenas com a dor que poderá causar aos outros, já Augustus sonha em deixar a sua própria marca no mundo. Apesar das diferenças, eles se apaixonam. Juntos, atravessam os principais conflitos da adolescência e do primeiro amor, enquanto lutam para se manter otimistas e fortes um para o outro.


***


Quando eu li "A Culpa é das Estrelas", fiz o máximo que pude para gostar, sério mesmo. Só que a história não me convenceu, tampouco os personagens. Enfim, se quiser ver a minha resenha do livro, clique aqui.

Resolvi dar uma chance para o filme, afinal. Mas, antes de entrar na sala de cinema, eu já tinha certeza absoluta de uma coisa: iria ser melhor que o livro. O motivo disso é simples: nunca gostei da narrativa do John Green. Foi um dos aspectos que me ajudaram a não gostar da história, e o fato de o filme não ter narrativa (exceto quando a Hazel narra, em algumas partes) já aliviou bastante o peso que eu sentia em relação a isso.

Realmente, esse filme tinha tudo para ser clichê, idiota e meloso, mas não foi. Clichê foi um pouquinho sim, em algumas partes, mas em momento algum exageraram a ponto de você falar "nossa, que bosta!" (exceto numa parte do filme em que os dois se beijam e o pessoal começa a bater palma. Sério, isso foi extremamente desnecessário. Sobretudo quando ressaltam que Amsterdam é uma cidade liberal e etc. Não faz sentido o pessoal bater palma vendo um casalzinho de adolescentes aos amassos sendo que estão acostumados com coisas mais extravagantes). 

Fiquei abismado com a atuação da Shailene Woodley e do Ansel Elgort, os dois souberam dar vida à Hazel e ao Gus de uma maneira incrível. O filme tem alguns momentos engraçados (quase todos eles conduzidos por Isaac, o amigo cego do casal). A trilha sonora é mediana, eu não acho que tenha alguma música que vá ficar na memória.

Só que eu ainda não entendi porque tanto auê por essa história. Vi muita gente chorando no cinema, crianças, adolescentes, adultos, etc., mas em momento algum achei que o filme me tocou a ponto de os olhos pelo menos lacrimejarem ashuashua. Sim, é um filme triste, mas não é muito inovador. Se você resumir bem as coisas, ele segue o plot de Crepúsculo (assim como muitos filmes de hoje em dia): a menina se apaixona pelo menino, mas os dois não podem viver esse amor porque isso, porque aquilo e blablablá. E o garoto, como sempre, é aquele que fica toda hora elogiando a garota, ressaltando com ela é linda e perfeita e etc. Pelo menos eu achei que o enredo não é original.

"A Culpa é das Estrelas" foi uma adaptação bem sucedida, com certeza. Mas não espere algo sensacional ou novo. É a mesma história de sempre, só que com câncer no meio, ao invés de vampiros e seja lá o que mais que os autores resolvam inventar.  

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